Resenha Crítica: Entrevistador e Entrevistado



Capítulo: Entrevistador & entrevistado, página 73 à 88.
Nilson Lage (Org.), Rio de Janeiro, Record, 2017, 189 p.

Autor: Lucas Rodrigues Brito


O capítulo “Entrevistador & Entrevistado” possui dezesseis páginas e, é dotado de informações que esclarecem de forma sucinta o conceito de entrevista e traz ao leitor formas de fazê-la nos diferentes meios de comunicação. No início, Nilson Lage afirma que:

“A entrevista é o procedimento clássico de apuração de informações em jornalismo. É uma expansão da consulta às fontes, objetivando, geralmente, a coleta de interpretações e a reconstituição de fatos. [...]”
(página 73)

Ao decorrer do texto, o leitor é apresentado aos nove tipos de entrevista e a vários exemplos práticos de como fazer e não fazer cada uma delas, que são: Ritual, temática, testemunhal, em profundidade, ocasional, confronto, coletiva, dialogal e a exclusiva. Sobre essa última, Lage, explica:

[...] A entrevista individual é chamada propriamente de exclusiva [...] A expressão “entrevista exclusiva” tem valor de marketing: embora toda entrevista individual seja exclusiva [...]”
(páginas: 77 e 78)

Dentre suas várias afirmações, Lage, diz que: Por mais que o repórter seja conhecido, ele deve sempre ter em mente que o entrevistado é o mais importante e, que a internet e o telefone são meios para uma boa apuração de fatos, mas nunca serão mais efetivos que uma entrevista presencial. E, não satisfeito com todas essas informações, o autor disponibiliza para seu leitor duas chaves para a condução de uma entrevista: A primeira, diz que o repórter deve saber perguntar sobre a pergunta anterior e, a segunda, o condutor deve sempre manter o controle da conversa e nunca fugir do tema (página 80).

Ainda com muitos exemplos práticos, Lage, traz nesse capítulo, como fazer entrevistas em cada veículo de comunicação e afirma que a única diferença da televisão para o rádio, é que o primeiro tem a imagem e, com isso, a exposição do entrevistado e do entrevistador é maior:

“[...] Tal como no rádio, a entrevista em televisão pode ser ocasional e ao vivo, com todos os riscos e restrições; ocasional e gravada, documentando notícias e reportagens; produzida ao vivo e produzida em gravação. A novidade é a presença da imagem do entrevistado, o que o expõe bem mais [...]”
(página 87)

Além de ser um capítulo curto e didático, com uma narrativa dotada de uma linguagem um pouco rebuscada, “Entrevistador & Entrevistado”, é repleto de informações e alguns parágrafos extensos. O autor começa a dar muitos exemplos de como fazer ou não uma entrevista, tornando a leitura estafante e improdutiva em determinados aspectos. Tal capítulo pode ser usado como um manual da entrevista, porque traz conceitos abrangentes. 

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