Aberturas e Realces Estilísticos para Redação do ENEM


Elaborador do conteúdo: Lucas Rodrigues


Apresentação:

Bem, quando eu paguei a cadeira de Técnicas avançadas de entrevista e reportagem, minha professora apresentou vários modos de como começar um bom texto e, um tino bateu na minha mente e me fez lembrar que a maioria dos estudantes que estão no ensino médio, começam seus textos dissertativos argumentativos da mesma forma, que, venhamos e convenhamos: é chato ler e escrever um texto, em que você sabe que irá ficar ao de todo mundo. E, o mais interessante é que: o problema não está neles (alunos), mas sim, em seus professores que estão apenas interessados no seu dinheiro, que supostamente receberão ao fim do mês.

Então, partindo disso, decidi pegar o material dessa aula em específico e destrinchar aqui, para você, meu caro leitor, que não faço a mínima de quem seja.


Introdução ao tema:

Bem, no jornalismo impresso, os redatores tem que fazer de tudo (mas em exageros ou “clickbait”, claro), pra que o seu leitor permaneça com ele até o ponto final do texto. E, para isso, eles usam os seguintes Realces Estilísticos, para conquistar o leitor logo no primeiro parágrafo.

Uma dica antes de irmos até o assunto “realoficial”: NUNCA, em seus textos, revele todos os fatos de uma só vez. Como assim? Vá com calma e revele tudo aos poucos.

E, ah! Uma observação: Esse material é unicamente para aberturas de textos, mas nunca, para “meio” de um parágrafo.

Realces Estilísticos:

Realçar a visão:

Normalmente, é quando o redator usa do artificio da descrição, para que seu leitor seja imerso naquilo que está se passando.
Exemplo: Aconteceu lá pelos idos de 1950, numa pequena cidade do interior de Minas Gerais. O prefeito avisou que iria ligar, pela primeira vez, o único aparelho de televisão da cidade. Montou uma espécie de oratório no coreto da pracinha e a população correu ao local. Na hora marcada, o político acionou o botão e a tela ficou cheia de chuviscos. Não conseguiu sintonizar a programação. Mas o povo achou lindos os arabescos eletrônicos. Era o princípio de uma idolatria à televisão que chegaria ao ponto de, hoje em dia, muita gente não ter geladeira, mas não dispensar um aparelho de tevê. Não sem certa razão. Afinal, este eletroeletrônico onipresente é a grande diversão gratuita. Ao longo de 50 anos de atividade no Brasil, a serem completados no próximo dia 18, o veículo proporcionou muitas alegrias, tristezas e informação. (Isto É)
Análise: Bem, como você ver aqui, o autor fez o uso da descrição e, se você percebeu, sua mente começou a imaginar como o fato aconteceu. E, outra coisa muito interessante: ele foi revelando os dados aos poucos.

Realçar a audição:

Nada mais é, quando o redator do texto traz para o seu leitor a fala de alguém que seja bastante relevante e, consequentemente fazer com que o leitor “ouça” aquilo, que está escrito.
Exemplo: ”A convenção de junho é que vai definir, mas o candidato que ficou definido na consulta, e tendo em vista os critérios da prévia, é Garotinho.” A declaração foi dada pelo presidente do PMDB, Michel Temer, depois de uma série de confusões que marcou a consulta informal do partido para decidir seu candidato à Presidência da República. Germano Rigotto fez mais votos, mas a fórmula que atribui pesos diferenciados aos Estados deu a vitória a Anthony Garotinho. (Zero Hora)
Análise: Como podemos ver nesse caso aqui, o redator trouxe a fala de uma pessoa e, se você perceber, parece que a pessoa está falando ao seu ouvido. Mas, algo que vale ser salientado aqui é: No caso de um texto dissertativo argumentativo, você pode fazer o uso disso e dizer algo como: “já dizia [fulano de tal] sobre [esse determinado tema]”.

Realçar a imaginação:

Aqui, o redator nada mais faz do que trazer algo da imaginação e o comparando com a realidade do fato apresentado posteriormente. Em essência, esse tipo de realce, faz o uso de comparações, para melhor entendimento do seu leitor.
Exemplo: O povo amava Mane Garrincha. Em dezembro de 1973, foi vê-lo movimentar-se pela última vez dentro das quatro linhas do Maracanã, no “jogo da gratidão”. Como se chamou piedosamente o afinal inútil ato de caridade em benefício do já aniquilado herói das Copas de 58 e 62. Na última quinta-feira, 20, o povo voltou ao Maracanã, agora para contemplar o corpo inerte do ídolo de outrora, cujos feitos a maioria só conhece de filmes ou de ouvir contar. (Veja)
Análise: Nesse caso, é bem perceptível a comparação entre o atleta e o jogo que aconteceu. No caso desse tipo de realce, normalmente, os autores trazem personagens e os compara algo que aconteceu, ou o tema que eles estão escrevendo.

Jogar com fórmulas:

Nesse realce, você irá literalmente brincar com frases prontas, que em sua maioria são clichês (fórmulas), alterando-as, ou usando-as da melhor forma que você achar, contanto que faça sentido (lógico).
Exemplo: O templo religioso vai buscar dinheiro no templo do capitalismo. No próximo dia 13 de setembro, a Igreja Católica vai lançar cotas na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Os futuros quotistas não vão receber participação nos lucros, nem vão aguardar os dividendos em reais. A grande inovação dessa emissão no mercado de capitais é que o investidor receberá dividendos sociais, com a transparência de uma empresa aberta. (Folha)
Análise: Como está bem nítido aqui, o “templo religioso vai buscar dinheiro no templo do capitalismo”, além de ser uma crítica subliminar, o autor fez uso de um afrase pronta, para começar o seu texto.

Recapitular:

Como o próprio nome fala por si só. Nada mais é, do que utilizar-se de acontecimentos da história, para que seu texto além de passar um “conhecimento de mundo” ao seu leitor, traz consigo um modo “diferente” de começar um texto.
Exemplo: “Há cerca de dois mil anos os romanos fundaram Conímbriga. A cidade cresceu em importância. Era uma cidade de comerciantes, artífices e agricultores. Hoje, o empresário de Coimbra, José Silva, quer recriar Conímbriga, promovendo a construção de um parque educativo. ”
Análise: Se você percebeu, o redator trouxe um acontecimento histórico, para que isso seja comparado ao fato atual, para que o seu leitor entenda com precisão o que de fato está acontecendo.

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