Nazismo ou Bolsonarismo?


Autor: Lucas Rodrigues Brito.


“Uma mentira dita cem vezes, torna-se verdade um dia.”
Adolf Hitler, Alemanha, segunda guerra mundial (1939-1945)



Empossado em primeiro de janeiro de 2019, Jair Messias Bolsonaro completou 15 meses de mandato em março de 2020, e o que não muda em seus discursos é a presença do mantra de sua candidatura: “Conhecereis a verdade e ela vos libertará”.

O presidente repetiu tantas vezes a afirmação, como em vídeos promocionais, aparições em TV aberta e em transmissões ao vivo em suas redes sociais, que chegou ao ponto de 57,7 milhões de brasileiros começarem a reproduzi-la sem ao menos saber qual “verdade” seria essa. Teria ele seguido o conselho do ditador alemão? A única informação que temos é que o Messias alcançou o título de presidente, sentou na cadeira branca e não foi crucificado pela oposição, mesmo carregando tantas polêmicas nas costas.

Afinal, a qual “verdade” nosso presidente está se referindo? Algumas verdades talvez não ditas podem ser listadas: o fato do índice de feminicídio ter crescido 7,3%, comparado aos últimos 3 anos (segundo dados apurados pelo G1), dele (o presidente) estar mais preocupado em defender seu filho, um “garoto” de 34 anos (declarou Bolsonaro durante uma entrevista gravada para o SBT) que não para de atacar diariamente jornalistas, e a “liberdade de expressão” não existir em seu governo.

“A gente não vê uma camisa de nenhum candidato por aí, a não ser uns malucos aí ‘Lula livre’. A gente vai curar esse pessoal aí, tenho certeza disso. Mas vamos curar com trabalho, hein? O antídoto para curar esse pessoal é carteira de trabalho” (Bolsonaro em transmissão ao vivo feita em suas redes sociais, na véspera do primeiro turno da eleição de 2018. A declaração encontra-se a partir do minuto 18:24 até o 19:30 min).



Campo de Concentração em Aushcwitz, Alemanha, que traz a seguinte frase: “Arbeit macht frei” (tradução: “O trabalho liberta”)

Dois anos se passaram desde a transmissão citada à cima e o mais intrigante é que o desemprego continua atingindo 11,6 milhões de pessoas. Gente que está morrendo, sem ter o direito de falar. E, ao citar morte, não me refiro apenas ao físico, como o feminicídio, racismo e homofobia, que matam todos os dias. Refiro-me a morte social, em que pessoas são “canceladas” ou marginalizadas pela sociedade por não terem elementos básicos de direito: a liberdade de expressão e um trabalho. Será que nosso presidente pegou como referência os campos do ditador alemão, onde pessoas eram mortas todos os dias no silêncio? A única “verdade” que temos, até então, é que essas “pessoas cancelas” estão cada vez mais distantes de verem o fim dessa história, que assim como a de 1945, também caminha para um final infeliz.

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