A comunicação e sua evolução

Esse Artigo Jornalístico foi escrito por Lucas Rodrigues e Ester Jardim

(imagem retirada do google.com)

“O futuro pertencerá aos portáteis, capazes de se comunicar sem fios”, afirmou em “Navegar no Ciberespaço”, Lucia Santaella, em um tempo onde a internet além de ser “de escada”, ou precária e não disponível para muitos. É nítido que anos se passaram e essa “profecia” vem se cumprindo mais rápido do que pensamos, até porquê vivemos em uma possível 4ª Revolução Industrial, em que as máquinas estão cada vez mais imersas em nossa realidade, podendo chegar a uma utopia que não pode ser descartada, como a dos Jetsons (desenho animado pela Hanna Barbera, do ano de 1962).

Segundo uma pesquisa divulgada em 2018, pelos serviços online Hootsuite e We Are Social, mais de 7 bilhões de seres humanos estão conectados à internet, ou seja, mais da metade da população mundial. E, todas essas pessoas contribuem de algum modo para o avanço tecnológico. É inacreditável para essa geração assimilar o fato de que antes, há poucos anos atrás, existiam salas especiais para as pessoas se encontrarem e ouvirem ao rádiojornal; outras terem que ligar um motor uma vez ao dia, apenas para assistir à Cid Moreira falar no antigo Jornal Nacional ou, até mesmo terem que esperar um dia se passar, para elas saberem o que aconteceu no seu país e mundo, através de um jornal impresso, que por muito tempo foi o foco no jornalismo.

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É fato que o jornalismo nasceu do impresso, em uma época onde o conhecimento não era disponível para todos e, os jornais em si, eram feitos pela e para burguesia, com o propósito apenas propagandístico de divulgar o que o governo na época estava fazendo de positivo. Na década de 20, o surgimento da rádio causou um desconforto nas editorias e como resposta, os redatores, começaram a escrever de uma maneira diferente e criar conteúdos cada vez mais atraentes, para prender o internauta e, distanciá-lo dessa nova era em que o jornalismo estava sendo inserido. Quando o impresso percebeu que mesmo tentando de todas maneiras, não conseguia competir diretamente com esse novo meio de informação, começou-se um processo transmídia, onde a rádio virou uma espécie de “irmã” do impresso. O maior exemplo disso, foi a junção da Rádio Difusora da Paraíba e o Jornal União, que mais tarde, transformaram-se em um instrumento de divulgação dos feitos do estado. E, na época, a integração entre o Jornal Impresso e o Radiojornalismo foi algo que consolidou a emissora radiofônica na cidade de João Pessoa.

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Uma década depois, como artigo de luxo e com todo o seu glamour e pessoas “telegênicas”, a Televisão surge desafiando os meios já existentes com o fato dela ser mais ágil, quando trata-se de difusão. Mais tarde, com o advento da internet, a sociedade deixou de ser industrial e, passou a ser informacional encurtando as distâncias espaço-temporais e fronteiras. Assim, a internet se desenvolveu rapidamente como uma rede de redes, se expandindo para uma arquitetura descentralizada e com códigos abertos de comunicação, com a incorporação de novos nós e infinitas reconfigurações, mediante as necessidades de comunicação, gerando algo que há 50 anos atrás era impossível.

Impossível, porquê o consumo de impressos diminuiu, gerando o surgimento de revistas especializadas; as rádios, hoje em dia, encontram-se em formatos de podcasts nas mais diversas plataformas; os programas televisivos, normalmente estão hospedados em sites de streams e, tudo isso, se converge e conversa de alguma maneira, porque os blogs, por mais que estejam um pouco “ultrapassados”, ainda é algo que muitos consomem e, eles, são os facilitadores para que esse processo transmidiático aconteça.


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